sábado, 10 de maio de 2014

dissertando sobre mães (sobre uma em especial)


Mãe é um bicho complicado. E não tem essa de dizer que toda mãe é igual. Não, gente: não é. Posso dizer com TODA CERTEZA que minha mãe é uma criatura diferente, excêntrica, engraçadíssima, aspirante a cantora e cômica, e nem toda mãe é assim. Aliás, existem diferentes tipos de mãe. Então, como qualquer ser humano, sim - mães tem suas semelhanças entre si. Mas não, mães não são "todas iguais, só mudam o endereço".



Acho que como estou ficando mais velha e, consequentemente, mais madura, tô começando a dar mais valor ao significado de ''ser mãe''. Ser mãe NÃO é fácil, de fato. Mas compreendê-las é tão difícil - ou impossível - quanto, sei lá, lamber o próprio cotovelo. (e depois as tais vem falar que os adolescentes que complicam, olha só!)
Mesmo não conseguindo entender a minha mãe 100%, admiro-a pra caramba - e sei também que muitas pessoas vão se identificar com isso que tô sentindo. Admiro-a por conseguir me suportar; admiro-a pelo seu incrível dom de amar, um amor incondicional e lindo; admiro-a por portar tanta força e coragem, por conseguir passar tantos anos com uma mesma pessoa, por todos os risos que ela pôs no meu rosto. Admiro-a por ter estado presente ali comigo (apesar de nem sempre ter estado), pelas lágrimas compartilhadas, pelas desculpas ditas através do olhar. Admiro-a MUITO por começar a cantar "nossa, assim você me mata" num supermercado na Alemanha (onde todo mundo estava TOTALMENTE em silêncio e o único som a se ouvir era o da sua voz - imagina só a cara de "te julgando" das velhinhas hahahahaha); por ter dito toda animada quando cheguei da escola: "filha, olha sua câmera, tirei um monte de selfie nela!!! ficou muito massa" e constatar que ela, na verdade, não tirou foto nenhuma, e sim gravou vários mini vídeos dela fazendo poses e variados sorrisos (sem querer - isso que é entender de tecnologia, viu); admiro-a por ser, enfim, por ser ela, por nunca me decepcionar com sua personalidade fenomenal, por ter um senso de humor maravilhoso e, as vezes, péssimo; por dar altas gargalhadas com piadas bobas; por repetir as mesmas coisas mil vezes, "ai, já disse que amo fotos que mostram caminhos? caminhos assim, só caminhos, seguindo", "a gente vai assistir filme em 3d, você ja viu filme em 3d?", "você tá me filmando de novo?", e pela paciência que, as vezes, falta. Falta tanto a mim quanto a ela.

Já teve quem me dissesse que eu sou muito conectada a minha mãe; há quem diga, ainda, que eu saio muito com minha mãe, como se eu só o fizesse por supostamente me faltar amigos. Olha, tenho amigos. A verdade é que eu não desperdiço a companhia da minha mãe de jeito nenhum. Sair com minha mãe significa dar muitas risadas e ter a garantia de MUITA diversão.

E, bem, eu não pedi pra nascer, mas estou viva graças a ela. Não sei se devo agradecer por isso; sinto-me na obrigação, entretanto, de retribuir todo o carinho e o amor que ela já me deu. Acho que não teria maior realização pra ela do que ver que sua filha está seguindo seus próprios sonhos e se tornando um bom ser humano... Acho.

Sei, também, que deveríamos - veja bem, deveríamos, isso não quer dizer que eu necessariamente faço - homenagear nossas mães todos os dias. Lembrá-las todos os dias que as amamos. Mas, na prática, isso não é assim tão fácil. Irritamo-nos demais, estressamo-nos demais, a rotina nos suga toda vontade de demonstrar amor. Somos seres humanos. Acho que essa é a importância de ter a data de dia das mães todos os anos: é um lembrete para as pessoas pensarem no que é ser mãe, no quão difícil é conseguir essa proeza e, enfim, homenageá-las e agradecê-las, principalmente.










Ó, mãe, recadinho básico: eu te amo MUITO. Eu assistiria mil filmes de animação contigo só pra ter o prazer de ouvir sua risada maravilhosa. <3 





6 comentários:

  1. Lindas! Deu vontade de conhecer tua mãe. Beijo, gata!

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    1. eta nai, você por aqui? hahaha obrigada pelo comentário, lindona! e certeza que minha mãe iria adorar te conhecer também, hahah! <3

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